Os resultados hoje revelados sobre a vacina da Oxford/AstraZeneca são "encorajadores e estamos ansiosos por ver os dados, assim como fazemos com outros resultados promissores das últimas semanas", indicou esta segunda-feira a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde, Soumya Swaminathan.
"Agradecemos os esforços da Oxford/AstraZeneca para tornar a vacina mais barata e fácil de transportar, o que será bom para países e pessoas em todo o lado", acrescentou, em comunicado enviado à Reuters.
Os ensaios clínicos da vacina desenvolvida pelo laboratório britânico e pela Universidade de Oxford, que decorrem em vários países, revelam uma eficácia de 70.4%, de acordo com a farmacêutica.
Os dados mostram, assim, uma eficácia menor do que as vacinas desenvolvidas pela Pfizer e pela Moderna, porém, a de Oxford é mais barata e fácil de guardar e transportar - algo que é muito importante a curto prazo, se for aprovada.
A vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford pode ser armazenada, transportada e manuseada em condições normais de refrigeração (2-8 graus Celsius) por pelo menos seis meses.
"A AstraZeneca irá agora preparar o envio regulamentar dos dados às autoridades em todo o mundo para que tenham uma estrutura em vigor para aprovação condicional ou antecipada", refere o laboratório, que procurará incluir esta vacina na lista de uso de emergência da Organização Mundial da Saúde para acelerar a disponibilização da vacina em países de subdesenvolvidos.
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