O Brasil notificou, esta segunda-feira, 16.207 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, elevando o total acumulado de casos confirmados para 6.087.608. Já em termos de vítimas mortais, foram reportadas mais 302, sendo agora 169.485 o total acumulado de mortes no país.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde 5.445.095 pessoas foram dadas como recuperadas e mais de 473 mil estão a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde.
O Brasil, país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, tem agora uma taxa de incidência de 80,7 mortes e 2.896,8 casos por cada 100 mil habitantes.
Geograficamente, São Paulo (1.210.625), Minas Gerais (398.014), Bahia (386.321) e Rio de Janeiro (338.688) são os estados brasileiros que totalizam maior número de infeções.
Já as unidades federativas com mais mortes são São Paulo (41.276), Rio de Janeiro (22.028), Minas Gerais (9.794) e Ceará (9.492).
Por outro lado, um consórcio formado pela imprensa brasileira, que colabora na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, anunciou que o país somou 344 vítimas mortais e 17.585 casos confirmados nas últimas 24 horas, totalizando 6.088.004 infeções e 169.541 óbitos.
Apesar de investigadores brasileiros terem divulgado hoje uma nota técnica na qual, baseados em dados da Covid-19 no Brasil, indicam que o país vive o "início de uma segunda onda", o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Governo não será "dirigido" por "fabricações".
Na visão do governante, não há, no momento, qualquer evidência de uma segunda vaga da pandemia no Brasil que justifique acionar o "gatilho" de ações de emergência, acrescentando que falar em novas medidas de isolamento social seria "precipitado".
"Não seremos dirigidos por fabricações. Não podemos fabricar falsificações de realidade", disse Paulo Guedes, pedindo respeito à "narrativa científica", num evento promovido pela Empiricus, empresa de análise de mercado financeiro.
Segundo o ministro, a "evidência empírica é que a doença diminuiu" no país.
"Dizer hoje que Brasil precisa trancar tudo e estender auxílio (de emergência à população mais pobre) é precipitado. Não há hoje evidência (de uma segunda onda) para puxar esse gatilho", frisou Guedes, citado pela imprensa local.
Nesse sentido, o ministro da Economia sublinhou que o Governo não pretende prorrogar o auxílio de emergência, concedido desde maio a desempregados e trabalhadores sem contrato de trabalho afetados pela pandemia.
Para ajudar a população mais pobre e os desempregados a enfrentar a crise da saúde, o Governo aprovou um auxílio de emergência, no valor de 600 reais mensais (93 euros, no câmbio atual), que beneficiou cerca de 65 milhões de pessoas, entre trabalhadores informais (sem contrato de trabalho) e aqueles que perderam os seus empregos devido à pandemia.
Contudo, esse valor foi cortado para metade em outubro, tendo sido prolongado até ao final do ano, quando o Governo planeia encerrar o programa de emergência e dar continuidade ao Bolsa Família, plano de assistência aos mais pobres criado em 2003 pelo Governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Há duas semanas, Paulo Guedes tinha declarado que se o país sofresse uma segunda vaga da covid-19 seria renovada essa ajuda financeira aos mais carenciados.
[Notícia atualizada às 23h49]