Numa nota de imprensa, a empresa sediada em Cambridge (Massachusetts, EUA) explicou que foi modificado o convénio que havia firmado anteriormente com Londres, que já garantiu milhões de doses de outros projetos de vacinas, como as desenvolvidas pela AstraZeneca, pela Pfizer e BioNTech.
As Autoridades britânicas ainda estão a analisar a vacina da Moderna, que anunciou, em 16 de novembro, que o produto tem uma eficácia superior a 94%, segundo as análises realizadas até o momento.
A Moderna disse hoje que vai solicitar autorização de emergência dos reguladores dos EUA, dentro de semanas.
O anúncio veio logo depois de outro semelhante feito pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, cujas vacinas, como a da Moderna, usam tecnologia de RNA mensageiro, uma nova técnica que permite o uso de um mecanismo de geração de proteína celular para gerar a resposta de imunidade desejada contra um vírus como o SARS-CoV-2.
A vacina da Moderna, no entanto, não precisa de temperaturas negativas de 70 graus abaixo de zero, como é o caso da Pfizer, portanto, o seu transporte e o seu armazenamento seriam mais baratos e acessíveis para áreas rurais ou economias em desenvolvimento.
Juntamente com os sete milhões de doses da vacina da Moderna, o Reino Unido encomendou mais 40 milhões da Pfizer/BioNTech e 100 milhões da criada pela Universidade Britânica de Oxford, em conjunto com a farmacêutica sueco-britânica AstraZeneca, embora ainda esteja pendente de aprovação pelo regulador.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.453.074 mortos resultantes de mais de 62,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 4.427 pessoas dos 294.799 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.