"Não anunciámos [a visita] porque não foi significativa nem de natureza política. É por isso que não falámos sobre isso ao nível do Conselho de Soberania ou do gabinete", disse Mohamed al-Faki Suleiman, porta-voz do Conselho de Soberania, de acordo com o diário online Sudan Tribune.
Citado hoje pela imprensa, afirmou que "a visita foi de natureza técnica e militar".
O responsável adiantou que as discussões sobre a normalização das relações foram bloqueadas porque "há compromissos políticos e económicos que não têm sido respeitados", não avançando quaisquer detalhes sobre este assunto.
O facto de retirada do Sudão da "lista negra" norte-americana de países acusados de apoiar o terrorismo ainda não ter sido concretizada, uma vez que continua a necessitar da aprovação do Congresso dos Estados Unidos, poderá estar relacionada com este bloqueio que "irá atrasar a implementação do acordo, a menos que sejam feitos progressos", acrescentou.
Israel tinha anunciado a 23 de novembro que tinha enviado a primeira delegação ao Sudão desde a conclusão, um mês antes, de um acordo para normalizar as relações entre os dois países.
Mas o porta-voz do governo, Faisal Mohamed Saleh, disse no dia seguinte que não tinha "nenhuma informação" sobre a chegada de uma delegação israelita ou sobre uma possível visita de uma missão sudanesa a Israel.