"A vacinação vai fazer-se progressivamente, com prioridade às pessoas mais vulneráveis. A França disporá de um potencial de 200 milhões de doses", anunciou esta tarde o primeiro-ministro, Jean Castex, numa conferência de imprensa em que falaram também outros membros do Governo.
A campanha de vacinação deverá começar em janeiro, após a aprovação das instâncias europeias e francesas que regulam os medicamentos, e as primeiras pessoas a receberem a vacina são os residentes dos lares e as pessoas que lá trabalham.
A seguir, de forma progressiva, a vacina deverá chegar a todos até à primavera.
O primeiro-ministro indicou que 200 milhões de doses inclui já as duas doses por pessoa, num país com cerca de 60 milhões de habitantes, e possíveis perdas, garantindo que este é o número correto para ter toda a população coberta.
A vacina será gratuita e, devido às dúvidas levantadas por diferentes coletivos em França contra a vacinação, Jean Castex insistiu que nada será feito "sem as garantias" das autoridades sanitárias.
Tal como o Presidente Emmanuel Macron já tinha afirmado, a vacinação em França não será obrigatória.
Em França, a campanha de vacinação será liderada pelo médico e investigador de Imunologia Alain Fischer, que explicou também esta tarde as diferentes vacinas que vão estar à disposição nos próximos meses.
Alain Fischer vai presidir ao recém-criado Conselho de Orientação da Estratégia de Vacinação, que fica sob a alçada do gabinete do primeiro-ministro.
O plano de vacinação vai ser votado na Assembleia Nacional, de forma, segundo o primeiro-ministro, a garantir "a transparência" do processo.