Reino Unido considera "provável" recuo da pandemia na primavera

As autoridades de saúde britânicas consideraram hoje "provável" um recuo da pandemia de covid-19 "na primavera" graças à vacinação, mas alertaram para a possibilidade de um novo pico após o Natal.

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© REUTERS/Toby Melville

Lusa
04/12/2020 23:40 ‧ 04/12/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Os efeitos da vacinação vão provavelmente começar a ser sentidos na primavera, através de uma redução significativa no número de internamentos, visitas ao hospital e mortes relacionados com a covid-19, mas faltam ainda muitas semanas até chegar a esse ponto", escreveram os diretores médicos de Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte numa carta conjunta aos prestadores de cuidados.

"As interações durante o Natal podem vir a colocar pressão adicional sobre os hospitais e os centros de saúde no Ano Novo e temos de nos preparar para isso", alertaram.

No Reino Unido as reuniões familiares vão ser permitidas durante cinco dias, entre 23 e 27 de dezembro, limitadas a um máximo de três agregados familiares.

O país europeu mais atingido pela pandemia, com mais de 60 mil mortos, tornou-se esta semana no primeiro ocidental a aprovar uma vacina contra a covid-19, dando 'luz verde' à da Pfizer e BioNTech, cujas primeiras doses devem ser administradas na próxima semana.

Os residentes e funcionários dos lares de terceira idade serão os primeiros a receber a vacina, numa operação que se prevê complicada pelos desafios logísticos relacionados com a necessidade de manter as vacinas a temperaturas muito reduzidas.

As autoridades contam com a vacina da AstraZeneca e Universidade de Oxford, mais fácil de conservar e transportar, para vacinar de forma mais ampla.

Ao todo, o Governo britânico assegurou o acesso a mais de 350 milhões de doses até ao final do ano que vem, junto de sete fabricantes durante a fase de testes.

As autoridades de saúde pretendem vacinar nove grupos prioritários definidos, que incluem pessoas com mais de 50 anos, trabalhadores da área da saúde e pessoas em risco, que correspondem a 99% das vítimas mortais.

Até lá, estão a exigir o cumprimento das restrições locais que continuam a ser aplicadas a uma grande parte da população do Reino Unido.

 

 

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