"Os efeitos da vacinação vão provavelmente começar a ser sentidos na primavera, através de uma redução significativa no número de internamentos, visitas ao hospital e mortes relacionados com a covid-19, mas faltam ainda muitas semanas até chegar a esse ponto", escreveram os diretores médicos de Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte numa carta conjunta aos prestadores de cuidados.
"As interações durante o Natal podem vir a colocar pressão adicional sobre os hospitais e os centros de saúde no Ano Novo e temos de nos preparar para isso", alertaram.
No Reino Unido as reuniões familiares vão ser permitidas durante cinco dias, entre 23 e 27 de dezembro, limitadas a um máximo de três agregados familiares.
O país europeu mais atingido pela pandemia, com mais de 60 mil mortos, tornou-se esta semana no primeiro ocidental a aprovar uma vacina contra a covid-19, dando 'luz verde' à da Pfizer e BioNTech, cujas primeiras doses devem ser administradas na próxima semana.
Os residentes e funcionários dos lares de terceira idade serão os primeiros a receber a vacina, numa operação que se prevê complicada pelos desafios logísticos relacionados com a necessidade de manter as vacinas a temperaturas muito reduzidas.
As autoridades contam com a vacina da AstraZeneca e Universidade de Oxford, mais fácil de conservar e transportar, para vacinar de forma mais ampla.
Ao todo, o Governo britânico assegurou o acesso a mais de 350 milhões de doses até ao final do ano que vem, junto de sete fabricantes durante a fase de testes.
As autoridades de saúde pretendem vacinar nove grupos prioritários definidos, que incluem pessoas com mais de 50 anos, trabalhadores da área da saúde e pessoas em risco, que correspondem a 99% das vítimas mortais.
Até lá, estão a exigir o cumprimento das restrições locais que continuam a ser aplicadas a uma grande parte da população do Reino Unido.