De acordo com Guo Ce, as 2.600 toneladas de arroz (base da dieta alimentar dos guineenses) devem chegar ao país no primeiro trimestre do próximo ano.
O apoio enquadra-se ao abrigo do programa de assistência alimentar de emergência que a China está a dar a vários países no âmbito do combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
A China ofereceu à Guiné-Bissau, em novembro de 2017, o correspondente a três milhões de euros em arroz.
Ainda no quadro do combate à covid-19, o embaixador da China revelou ser possível que o seu país apoie a Guiné-Bissau com uma vacina logo que haja algo nesse sentido.
O diplomata salientou que a China e outros países do mundo estão empenhados na busca da vacina.
"Atualmente estão na fase de análises clínicas cinco vacinas", declarou Guo Ce, acrescentando que o seu país vai bater-se para que a vacina seja acessível e chegue a todo o mundo.
O diplomata chinês frisou os esforços das autoridades guineenses no combate à doença e destacou que o seu país apoiou a Guiné-Bissau, entre outros, com mais de 30 mil 'kits' de testes e mais de 400 mil máscaras de proteção.
Guo Ce apelou aos guineenses para manterem a vigilância em relação à covid-19 ainda que o país tenha registado até aqui "poucos casos".
O embaixador da China também anunciou que, no próximo ano, está prevista a deslocação de uma equipa médica chinesa para retomar as consultas à população no hospital regional de Canchungo, no norte da Guiné-Bissau.
Em 2021, o Governo chinês vai custear as obras de reabilitação do palácio Colinas do Boé (sede do parlamento guineense) construído pela China, adiantou Ce.
Com o financiamento integral da China, as obras de construção de um troço de 8,5 quilómetros da primeira autoestrada na Guiné-Bissau devem arrancar em janeiro, assinalou ainda Guo Ce.
A autoestrada ligará Bissau à localidade de Safim.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.649.927 mortos resultantes de mais de 74,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.