"A variante '501.V2' do vírus SARS-COV-2 foi identificada por investigadores sul-africanos e comunicada à Organização Mundial da Saúde (OMS)", disse em comunicado o ministro Zweli Mkhize.
Segundo o governante sul-africano, a equipa de investigação científica sul-africana, liderada pelo Professor Tulio de Oliveira, do Centro de Inovação e Pesquisa da Universidade do KwaZulu-Natal (KRISP, na sigla em inglês), sequenciou centenas de amostras de todo o país desde o início da pandemia em março.
"Os investigadores notaram que uma determinada variante dominou os resultados dos últimos dois meses", explicou Mkhize, salientando que notaram também uma mudança no panorama epidemiológico, "principalmente com pacientes mais jovens, que desenvolvem formas graves da doença".
"Tudo indica que a segunda vaga que estamos a atravessar é transportada por esta nova variante", acrescentou o ministro.
Segundo o Zweli Mkhize, os investigadores alertaram também o Reino Unido para a identificação da nova variante sul-africana, o que permitiu "estudar as suas próprias amostras e encontrar uma variante semelhante".
"Foi a variante que estava a impulsionar o seu ressurgimento em Londres, levando a um anúncio feito no Parlamento e ao bloqueio instituído em Londres para conter a disseminação dessa variante", salientou.
Zweli Mkhize disse que não esperava uma segunda vaga da pandemia tão rapidamente no país, acrescentando que "embora a nova variante seja motivo de preocupação não há motivo para pânico".
O ministro da Saúde sul-africano explicou ainda que a África do Sul irá também verificar se as vacinas atuais serão eficazes na prevenção da nova variante.
A África do Sul, o país mais afetado pela pandemia do novo coronavírus no continente, regista 901.538 infeções e 24.285 mortos por covid-19, anunciaram as autoridades da Saúde sul-africanas.
Nas últimas 24 horas, o país reportou 8.700 novos casos de infeção e 274 óbitos por covid-19.