A informação foi avançada no domingo pelo porta-voz da atual presidência alemã da UE, Sebastian Fischer, que numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter indicou que a Alemanha "convidou os Estados-membros para uma reunião urgente" do Mecanismo Integrado da UE de Resposta Política a Situações de Crise (IPCR).
A reunião é realizada por videoconferência, dada a pandemia, e arranca pelas 11h00 de Bruxelas (10h00 em Lisboa), tendo como único ponto da agenda a "coordenação das respostas da UE à recém identificada variante da covid-19 no Reino Unido", segundo Sebastian Fischer.
O IPCR foi ativado pela primeira vez no âmbito da pandemia de covid-19 em janeiro deste ano, ainda na então presidência croata da União, para os países partilharem informações entre si, e tem-se mantido ativo também na liderança alemã da UE dada a situação epidemiológica na Europa.
A ativação deste mecanismo é o quadro da UE para a coordenação de crises transfronteiriças ao mais alto nível político, apoiando a tomada rápida e coordenada de decisões em situações de crise graves e complexas.
Da reunião de hoje de manhã deverá resultar uma abordagem coordenada à nova variante, numa altura em que os Estados-membros equacionam medidas como a suspensão de viagens com o Reino Unido ou a introdução da obrigatoriedade de realização de testes para quem chega do país.
Ainda assim, foram já alguns países que anunciaram medidas, entre os quais Portugal, que decretou, a partir de hoje, restrições à entrada de passageiros de voos provenientes do Reino Unido, permitindo apenas a entrada de cidadãos nacionais ou legalmente residentes no país.
Segundo o Instituto Ricardo Jorge, ainda não foram identificados em Portugal casos da nova variante do SARS-CoV-2, que é até 70% mais contagiosa.
Outros Estados-membros como Alemanha, Holanda, Bélgica, Itália, Áustria, França e Bulgária também adotaram medidas restritivas, como suspensão de viagens aéreas ou ferroviárias.
As autoridades britânicas alertaram a Organização Mundial da Saúde sobre a descoberta da nova variante do SARS-CoV-2, que é mais facilmente transmissível, embora não haja provas de que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas.