Um passageiro de um voo da United Airlines contou, ao NY Post, o motivo pelo qual saltou do seu lugar para salvar a vida de outro passageiro, mesmo sabendo que a vítima poderia ter Covid-19 e constituir um risco para a sua saúde.
Tony Aldapa, que é paramédico, relata que desde então ele próprio tem sofrido de sintomas do vírus. Apesar disso, não se arrepende do seu gesto, embora a vítima tenha acabado por morrer.
“Eu estava ciente dos riscos que este procedimento envolve quando executado em alguém com Covid-19, mas decidi fazê-lo na mesma. [...] Seria incapaz de ficar sentado, sabendo que tinha os conhecimentos e a experiência necessários para salvar aquele homem", afirma.
O incidente aconteceu na semana passada, num voo entre Orlando e Los Angeles. Durante uma hora, Tony e outra pessoa estiveram a executar manobras de reanimação na tentativa de salvar a vida do passageiro, que colapsou durante a viagem.
Ao que se sabe, o homem já suspeitava de que padecia de Covid-19 antes de entrar no voo. Este tinha até agendado realizar um teste antes de viajar - porque tinha perdido o olfato e o paladar - mas o teste foi cancelado. Assim, ao subir a bordo, decidiu mentir, referindo que não tinha quaisquer sintomas da doença. A vítima acabaria por morrer.
Desde então, Aldapa, que o tentou salvar, começou a padecer de sintomas da Covid-19.
“Essencialmente, sinto que fui atropelado por um comboio”, disse. “Tive tosse, doía-me o meu corpo inteiro e tinha dores de cabeça.”
Inicialmente, a United Airlines disse que o homem havia sofrido uma paragem cardíaca - e que estava a aguardar mais informações sobre o possível caso de Covid-19.