"A situação dos migrantes na Bósnia-Herzegovina é alarmante", afirma a diplomacia da União Europeia.
A Bósnia-Herzegovina tem sido criticada nos últimos anos por não saber responder à chegada de milhares de pessoas que fogem da pobreza e da guerra e que se encontram em tendas ou em casas abandonadas sem condições de habitabilidade.
A União Europeia mostra-se preocupada com o encerramento do campo situado a noroeste da cidade de Bihac que vai agravar a situação "deplorável" em que se encontram as pessoas.
"Mais de 3.300 refugiados e migrantes não tem acesso a abrigos", refere a União Europeia frisando que está também eminente o encerramento do campo de Lipa, o único em que foram tomadas medidas temporárias contra a pandemia de SARS CoV-2 durante o verão.
"Voltamos a pedir às autoridades para colocarem de parte considerações políticas e a reabrir o centro de Bira e voltem a pôr em funcionamento as instalações de Ciljuque, perto de Tuzla", diz a comissão responsável pelos negócios estrangeiros e alargamento da União Europeia.
"Pedimos às autoridades para cooperarem e agirem com a máxima urgência no sentido do apoio a todos os refugiados e migrantes sem abrigo", diz o comunicado de Bruxelas frisando que "se trata de salvar vidas".
Os migrantes tentam entrar na Bósnia como objetivo de chegarem à Croácia antes da passagem para a Europa ocidental.
No percurso entre a Bósnia e a Croácia, as pessoas usam trilhos da montanha sem qualquer tipo de preparação para o frio, nesta altura do ano.
Os primeiros nevões que se fizeram sentir no princípio do mês fizeram soar os apelos dos próprios refugiados e migrantes que vivem em tendas improvisadas sob baixas temperaturas.
Muitos refugiados e migrantes queixam-se igualmente de confrontos com as autoridades da Croácia na zona da fronteira.