Na conferência de imprensa desta segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reagiu à nova variante do coronavírus identificada recentemente no Reino Unido. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que as mutações dos vírus são algo expectável.
“Os vírus sofrem mutações ao longo do tempo. É algo natural e que se pode esperar. O Reino Unido informou que esta nova variante se transmite com maior facilidade, mas não há provas até ao momento de que tenha maior probabilidade de provocar uma doença mais grave ou maior mortalidade”, explicou o responsável da OMS.
“Estamos a trabalhar com cientistas para perceber como estas mudanças genéticas afetam a forma como o vírus se comporta (…) Quanto mais se transmite um vírus mais mutações pode sofrer. Isto realça a importância de parar a transmissão do vírus o quanto antes”, acrescentou Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Maria Van Kerkhove, a responsável pela gestão da pandemia da OMS, disse que a nova estirpe detetada no Reino Unido, definida como D117, está a ser “investigada através da sequência do genoma”. Van Kerkhove referiu que estão a ser estudados três pontos fundamentais: a transmissão da variante, a doença e as variantes que causa, e a resposta dos anticorpos.
Apesar de admitir que estão ser feitos estudos, a responsável pela gestão da pandemia da OMS sublinhou que “o Reino Unido não acredita que a nova estirpe tenha impacto nas vacinas, isso é uma boa notícia”.
Maria Van Kerkhove falou ainda sobre a estirpe do coronavírus identificada na África do Sul, tendo frisado que “se trata de uma variante distinta” da detetada no Reino Unido. “Parece que estiveram relacionadas, mas estão separadas”, destacou.
As autoridades do Reino identificaram a nova estirpe do SARS-CoV-2 após terem verificado um crescimento da transmissão de casos nos finais de novembro e no início deste mês.
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