Covid-19: Europa começa a vacinar pessoal médico e idosos em lares
A vacinação contra a covid-19 começou hoje de facto na Europa, depois de alguns momentos simbólicos no fim de semana, com a prioridade a ser dada sobretudo ao pessoal médico e aos lares de idosos.
© Simona Granati - Corbis/Getty Images
Mundo Covid-19
Na Grécia, a vacinação começa hoje a ser dada em série, embora a chamada 'Operação Liberdade' tenha sido assinalada no domingo com a vacinação de um idoso, numa enfermeira e em líderes políticos, para afastar o ceticismo em relação a uma vacina ainda desconhecida.
Hoje, será a vez de começarem e ser vacinados os grupos prioritários -- do setor da saúde e de lares de idosos -- da capital, mas a campanha ainda contará com a administração das primeiras doses em alguns ministros, para dar o exemplo.
Entre os primeiros líderes a serem vacinados hoje estavam o chefe da oposição e líder do partido de esquerda Syriza, Alexis Tsipras, e o ministro da Saúde, Vassilis Kikilias.
Também está prevista para hoje a distribuição de parte do lote de 9.750 vacinas da empresa Pfizer/BioNTech, que chegou no sábado, para outras regiões do país, onde começará na terça-feira a campanha de vacinação.
Outras 83.850 doses devem chegar ao país até quarta-feira, às quais serão acrescentadas outras 429 mil até ao final de janeiro e 333.450 até ao final de fevereiro.
Na Alemanha, a estratégia não é muito diferente. Depois de um fim de semana em que foram mostradas imagens dos primeiros vacinados, hoje o número cresce para abranger os residentes e funcionários dos lares de idosos, pessoas com mais de 80 anos e pessoal médico.
O chefe de gabinete da chanceler Angela Merkel, que é médico, ajudou a vacinar o pessoal médico contra o coronavírus no Hospital Universitário em Giessen, região que representa no parlamento, explicando que o fazia como um agradecimento, mas também para ter uma ideia de como funciona o processo.
A vacinação na Alemanha começa numa altura em que os números relativos aos infetados, aos hospitalizados e aos mortos estão num nível alto e obrigaram a uma paralisação parcial a partir de 02 de novembro, reforçada em 16 de dezembro com o fecho de escolas e muitas lojas.
Merkel e os 16 governadores de estados da Alemanha devem discutir os próximos passos a dar no combate à pandemia em 05 de janeiro, sendo quase certo que o confinamento será prolongado além de 10 de janeiro.
Também na Bélgica, país da Europa que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, começaram a ser hoje dadas as primeiras unidades de vacina aos residentes de três lares de idosos, embora a campanha de vacinação só deva ter início a 04 e 05 de janeiro.
As primeiras doses da vacina Pfizer-BioNtech foram aplicadas quase simultaneamente no final da manhã em residentes de um asilo em Puurs, uma cidade flamenga onde está localizada a fábrica na qual é produzida, e em dois outros estabelecimentos em Mons, na Valónia e em Woluwe-Saint-Pierre, na região de Bruxelas.
Em Puurs, Jos Hermans, um residente de 96 anos, foi o primeiro a ser vacinado debaixo do olhar de fotógrafos e repórteres de imagem, mantidos atrás de um vidro. Josepha Delmotte, de 102 anos, foi a primeira a receber a injeção num lar de Bouzanton, e Lucie Danjou, de 101 anos, em Notre-Dame de Stockel, na área metropolitana de Bruxelas.
Neste último estabelecimento, o ministro da Saúde da região de Bruxelas, Alain Maron, saudou o facto de "90% dos residentes aceitarem bem a vacinação".
"Começamos por vacinar todos os residentes de asilos em Bruxelas. Cerca de dez mil pessoas serão vacinadas durante o mês de janeiro", disse, acrescentando que, depois, serão vacinados "os funcionários dos lares de idosos e depois todos os que trabalham na área da saúde".
Em 18 de dezembro, a procuradoria-geral belga indicou que o coronavírus causou mais de 10.000 mortes entre residentes de "casas de repouso" e a Amnistia Internacional na Bélgica denunciou o "abandono" dos lares pelas autoridades públicas durante a pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.765.049 mortos resultantes de mais de 80,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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