Joe Biden reagiu à invasão do Capitólio por manifestantes pró-Trump na tarde desta quarta-feira. Numa conferência de imprensa em Wilmington, no estado do Delaware, o presidente eleito considerou que o ato dos manifestantes foi uma "insurreição".
"Ameaçar a segurança de oficiais eleitos, não é um protesto. É uma insurreição", referiu Biden.
"O mundo está a ver. Como muitos outros americanos, estou chocado e triste por a nossa nação, que é há tanto tempo um farol de luz e de esperança na democracia, ter chegado a um momento tão negro", acrescentou o presidente eleito.
Biden apelou ao ainda presidente Donald Trump para intervir.
"As palavras de um presidente importam, não importa quão bom ou mau esse presidente seja. No seu melhor, as palavras de um presidente podem inspirar. No seu pior, podem incitar. Por isso, peço ao presidente Trump para falar na televisão nacional, cumprir o seu juramento e defender a Constituição e exigir que este cerco acabe", apelou Joe Biden.
O presidente eleito assinalou ainda que o trabalho nos próximos quatro anos é reconstruir a democracia. "O trabalho neste momento e o trabalho nos próximos quatro anos deve ser restaurar a democracia - com decência, honra, respeito e o Estado de direito", fez notar.
Biden frisou que o que está a acontecer "é um lembrete, doloroso, que a democracia é frágil e que preservá-la requer pessoas de boa vontade".
Let me be very clear: the scenes of chaos at the Capitol do not represent who we are. What we are seeing is a small number of extremists dedicated to lawlessness. This is not dissent, it's disorder. It borders on sedition, and it must end. Now.
— Joe Biden (@JoeBiden) January 6, 2021
America is so much better than what we’re seeing today.
— Joe Biden (@JoeBiden) January 6, 2021
Momentos depois das declarações de Biden, Donald Trump efetivamente publicou um vídeo no Twitter a pedir aos manifestantes para irem para casa. No entanto, e apesar do caos que se vive no Capitólio, voltou a insistir nas alegações, não comprovadas, de fraude eleitoral.
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