Macron defende democracia e condena invasão do Capitólio

O presidente francês, Emmanuel Macron, transmitiu hoje uma mensagem de apoio à "democracia dos Estados Unidos" criticando a invasão do Capitólio em Washington por apoiantes do presidente norte-americano, Donald Trump. 

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© Getty Images

Lusa
07/01/2021 08:50 ‧ 07/01/2021 por Lusa

Mundo

EUA

"O que aconteceu em Washingtonnão é, sem dúvida alguma, próprio dos Estados Unidos", diz Emmanuel Macron numa mensagem vídeo difundida de madrugada através das redes sociais.

Nas imagens, o chefe de Estado francês fala junto a bandeiras da França, da União Europeia e dos Estados Unidos.

"Quando, numa das democracias mais antigas do mundo, apoiantes do presidente cessante questionam com armas os resultados legítimos das eleições, estão a destruir uma ideia universal: 'um homem, um voto'", afirma Macron.

"Não vamos ceder perante a violência depoucos que querem questionar a democracia", sublinha.

O presidente francês demonstra"confiança na força da democracia norte-americana" assim como "amizade" para com o povo dos Estados Unidos evidenciando a solidariedade "na luta comum para que as democracias saiam fortalecidas".

Horas antes das declarações de Emmanuel Macron, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-YvesLeDrianqualificava como "grave atentado contra a democracia", os acontecimentos de quarta-feira em Washington reconhecendo a vitória de Joe Biden nas eleições do passado mês de novembro.

Pelo menos quatro pessoas morreram na quarta-feira na invasão do Capitólio, em Washington, anunciou a polícia da capital dos Estados Unidos.

Além de 14 polícias feridos, dois deles em estado grave, foram efetuadas mais de meia centena de detenções.

A presidente da Câmara de Washington, Muriel Bowser, prolongou o estado de emergência pública na capital por mais 15 dias, até depois da tomada de posse do Presidente eleito, Joe Biden, agendada para 20 de janeiro.

Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declararam que o edifício do Capitólio estava em segurança.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington decretaram o recolher obrigatório entre as 18:00 e as 06:00 locais (entre as 23:00 e as 11:00 em Lisboa).

O debate no Senado foi retomado pelas 20:00 (01:00 de hoje em Lisboa).

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.

Pouco depois, Trump pediu aos apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.

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