O acordo foi firmado entre o fundo russo e o presidente da farmacêutica brasileira União Química, Fernando de Castro Marques, segundo indicou o próprio FIDR na rede social Twitter.
O primeiro lote de dez milhões de doses da vacina russa será fornecido ao país sul-americano nos próximos dois meses.
"Como parte da parceria com a União Química, a FIDR facilitou ativamente a transferência de tecnologia para o lançamento da produção do Sputnik V no Brasil, incluindo fornecimento de documentos e biomateriais. A produção local do Sputnik V no Brasil foi lançada em janeiro", informou o 'site' oficial do imunizante russo.
Além disso, o FIDR e a União Química vão solicitar ainda esta semana a autorização de uso de emergência da Sputnik V à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, órgão regulador brasileiro).
"O nossos parceiros da União Química foram um dos primeiros no mundo a interessarem-se pela vacina russa Sputnik V. Do nosso lado, estamos prontos para uma cooperação em larga escala no fornecimento e na produção para iniciar a vacinação da população do Brasil o mais rápido possível. (...) Vários países da América Latina já estão vacinando pessoas com a Sputnik V e esperamos que o Brasil se junte a eles nas próximas semanas", acrescentou Kiril Dmitriev.
Ainda segundo o fundo russo, um grupo de cerca de 20 brasileiros que trabalham na embaixada da Rússia no Brasil já estão a ser vacinados com esse imunizante.
O ministro da Saúde do Brasil, Eduardo Pazuello, garantiu hoje que a vacinação contra a covid-19 terá início este mês e informou que os primeiros dois milhões de doses da vacina de Oxford chegarão esta semana ao país.
A pandemia do novo coronavírus no Brasil já fez cerca de 205 mil mortos e 8,2 milhões de infetados, o que o torna no terceiro país do mundo com mais infeções, à frente da Rússia.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.