Na passada quarta-feira, a Câmara dos Representantes aprovou a instauração de um processo de destituição do presidente cessante, Donald Trump, acusado de ter incitado um ataque ao Capitólio.
A impugnação foi aprovada com 232 votos a favor, incluindo de 10 republicanos, e 197 contra, anunciou a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.
O início do processo no Senado ainda não foi definido, sendo o primeiro de um presidente que já não está no cargo, uma vez que Joe Biden, vencedor das presidenciais de novembro passado, será empossado na próxima quarta-feira.
Nancy Pelosi clarificou na sexta-feira que o seu partido pretende avançar rapidamente com as prioridades do programa de Biden, incluindo um plano de recuperação económica no valor de 1,9 biliões de dólares anunciado na quinta-feira.
Pelosi considerou que este pacote de ajuda à economia "é da maior urgência", o que significa que os democratas não querem que os procedimentos relacionados com a destituição de Trump dominem os primeiros dias da administração Biden.
Com a segurança em alerta, devido aos receios de mais violência por ocasião da investidura de Biden, o Senado prepara-se também para uma rápida confirmação de Avril Haines como coordenadora dos serviços de informações nacionais. Está prevista uma primeira audição para a próxima semana.
Para os senadores republicanos, o processo de destituição de Trump pode ser considerado o derradeiro teste de lealdade ao presidente derrotado nas urnas.
McConnell, que passou os últimos dias a falar com senadores e doadores, tem repetido que a decisão de condenar ou não Trump cabe a cada um, sugerindo que a liderança republicana não tentará impor disciplina de voto, segundo a agência Associated Press.
Na segunda-feira, Mitch McConnell tinha enviado uma nota aos seus colegas de bancada, explicando que, se viesse a receber o artigo de destituição, apenas aceitaria a sua apreciação no Senado no dia 19 de janeiro, ou seja, na véspera de tomada de posse de Biden.
Apoiantes de Donald Trump invadiram o Capitólio, em Washington, no passado dia 06, enquanto os membros do Congresso estavam reunidos para certificar a vitória do presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.
Cinco pessoas morreram nos confrontos que se seguiram a esta invasão, incluindo um agente da polícia do Capitólio.