Rio de Janeiro cancela carnaval em julho e remete celebração para 2022
A cidade brasileira do Rio de Janeiro só deverá voltar a celebrar o carnaval em 2022, após a decisão da prefeitura de cancelar as festividades previstas para julho deste ano, devido ao agravamento da pandemia de covid-19 no país.
© Lusa
Mundo Covid-19
"Nunca escondi a minha paixão pelo carnaval e a visão clara que tenho da importância económica dessa manifestação cultural para a nossa cidade. No entanto, parece-se sem qualquer sentido imaginar a esta altura que teremos condições de realizar o carnaval em julho", escreveu o prefeito, Eduardo Paes, na rede social Twitter.
"Essa celebração exige uma grande preparação por parte dos órgãos públicos e das agremiações e instituições ligadas ao samba. Algo impossível de se fazer nesse momento. Dessa forma, gostaria de informar que não teremos carnaval no meio do ano em 2021", anunciou o autarca.
Eduardo Paes confirmou que as celebrações carnavalescas na "cidade maravilhosa" não ocorrerão este ano, mas "certamente em 2022".
"Certamente em 2022 poderemos (todos devidamente vacinados) celebrar a vida e a nossa cultura com toda a intensidade que merecemos. Já determinei que a Riotur [empresa de turismo do município] e a secretaria municipal de cultura trabalhem na preparação de editais a fim de permitir que os fazedores dessa grande festa e celebração cultural tenham alguma forma de sustento ao longo de 2021", informou ainda o autarca.
A pandemia da covid-19 no Brasil, país que enfrenta uma segunda vaga da doença, fez os carnavais deste ano serem adiados ou cancelados em todo o país sul-americano.
Em fevereiro, mês em que habitualmente se celebra o carnaval, a festa não acontecerá em Belo Horizonte, Florianópolis, São Paulo, Salvador, Recife e Rio de Janeiro, cidades que ainda avaliavam transferir a folia para outra datas.
Em setembro do ano passado, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) do Rio de Janeiro e os presidentes das agremiações decidiram não realizar o tradicional desfile em fevereiro deste ano.
Dessa forma, julho era o mês mais especulado para que a festa ocorresse, e foi a ocasião indicada pela Liesa para os festejos, num plenário realizado em novembro último, frisando que tudo dependeria do agravamento da pandemia e do cenário da imunização contra a covid-19 no país.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (212.831, em mais de 8,6 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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