"Esta decisão abre caminho, caso a Rússia se mostre favorável, à manutenção de um pilar essencial da arquitetura internacional de controlo dos armamentos e do desarmamento", indicou em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.
"Representaria uma preciosa contribuição para a preservação da estabilidade estratégica", precisou o Quai d'Orsay numa referência ao acordo sobre a redução de forças nucleares estratégicas.
Esta renovação "deve ser seguida no imediato da redefinição de uma ambiciosa agenda mais global de controlo dos armamentos e de estabilidade estratégica. Os europeus, que estão envolvidos na primeira linha, deverão desempenhar um papel ativo".
Assinado em 2010 pelos Presidentes norte-americano Barack Obama e russo Dmitri Medvedev, o tratado New START rege parte dos arsenais nucleares dos dois grandes rivais geopolíticos, limitando cada país a um máximo de 1.550 ogivas e 700 sistemas balísticos.
Com data de expiração a 05 de fevereiro, Joe Biden propôs prolongá-lo por cinco anos, contrariando a postura da administração de Donald Trump que propôs um prolongamento condicional de um ano, o tempo de negociar um acordo mais global que incluísse a China. No entanto, as conversações com Rússia e China não foram conclusivas.
Face à proposta, a Rússia "saudou" a iniciativa de Biden, mas referiu que "tudo dependerá dos pormenores desta proposta", que ainda vão "ser estudados".
"Primeiro vamos saber o que os norte-americanos propõem e depois faremos um comentário", disse o porta-voz do Presidente Vladimir Putin, Dmitri Peskov.