Novos incidentes na Dinamarca em manifestação contra restrições
Uma manifestação contra as restrições impostas para conter a pandemia, organizada por um grupo radical, em Copenhaga, originou novos incidentes na noite de sábado e resultou em cinco detenções, relataram a polícia e os meios de comunicação locais.
© Lusa
Mundo Covid-19
No protesto foi ainda queimado um manequim com a imagem do rosto da primeira-ministra, Mette Frederiksen.
Várias centenas de pessoas reuniram-se ao início da noite antes de marcharem com tochas pela capital dinamarquesa, gritando "liberdade para a Dinamarca, já chega", contra as medidas tomadas para evitar a propagação da covid-19.
O grupo no Facebook chamado "Homens de Negro Dinamarca" organiza, há mais de um mês, manifestações contra a "coerção" e a "ditadura" do semiconfinamento no país.
Apesar do tom radical dos manifestantes, a maior parte da marcha decorreu de forma pacífica, com um forte dispositivo policial. As tensões surgiram à medida que os manifestantes começaram a dispersar, quando foram arremessadas garrafas às forças de segurança.
"Fizemos cinco detenções relacionadas com a manifestação e a desordem que se seguiu", informou a polícia de Copenhaga, no Twitter. Os detidos foram hoje libertados.
A polícia está também a investigar a queima da efígie da primeira-ministra, muito invulgar em manifestações na Dinamarca.
O manequim, vestido de Mette Frederiksen, foi içado para um candeeiro de rua com um pedaço de papel afixado que dizia "ela deve ser morta", de acordo com vídeos divulgados pelos meios de comunicação locais.
O incidente foi hoje condenado com veemência pelos políticos dinamarqueses, incluindo a oposição.
A manifestação "Homens de Negro", há duas semanas, ficou marcada pela escalada de violência, de que resultaram 20 detenções na sequência de confrontos entre a polícia e os manifestantes.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.107.903 mortos resultantes de mais de 98,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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