O programa divulgado pela Agência de Controlo e Prevenção de Doenças Infecciosas (KDCA) prevê que, antes do final do primeiro trimestre, os profissionais de saúde (de alto risco devido ao seu maior potencial de exposição ao vírus) e os que trabalham em lares de idosos já terão recebido a vacina.
A previsão é de que as primeiras vacinas cheguem ao país em fevereiro e a vacinação comece imediatamente, de acordo com o documento, explicando que no segundo trimestre as vacinas serão aplicadas a todos os maiores de 65 anos e ao restante dos trabalhadores do setor da saúde.
Depois, no terceiro trimestre, será a vez dos portadores de doenças crónicas e das pessoas entre 19 e 64 anos.
Este plano de ação, coordenado pelo KDCA e pelos Ministérios da Saúde e Segurança Alimentar e Farmacologia, inclui os primeiros dados do plano de vacinação, cujos detalhes completos serão apresentados no dia 28 de janeiro e com o qual está prevista a inoculação gratuita ao 51 milhões de habitantes do país.
Por meio do programa Covax (Fundo de acesso para vacinas contra a covid-19) e de contratos com quatro empresas farmacêuticas (AstraZeneca, Pfizer, Johnson & Johnson e Moderna), o Governo sul-coreano afirma ter vacinas suficientes para os 56 milhões de habitantes este ano.
O plano apresentado hoje também inclui disposições para fortalecer o combate ao vírus, como o aumento da capacidade de testes que, até meados de fevereiro, permitirá à Coreia do Sul realizar até 240 mil testes de diagnóstico por dia.
O número de funcionários encarregados da investigação epidemiológica para rastreamento de contactos passará de 325 para 385, segundo o documento.
A Coreia do Sul, que nunca recorreu a confinamentos ou encerramentos de fronteiras, é um dos países que melhor lidou com a pandemia.
O país, que atualmente regista entre 300 e 400 infeções diárias e tem uma incidência cumulativa em 14 dias de 11,7 casos por 100.000 habitantes, tem no total pouco mais de 69.000 infeções locais e 1.360 mortes desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.