Segundo Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, em declarações à televisão pública russa, os especialistas estão a trabalhar "ativamente" com esse objetivo, "um trabalho prático e que já começou".
Pouco depois, o Conselho de Segurança da Rússia (CSR) divulgou que já houve uma conversa telefónica entre o diretor deste órgão, Nikolai Patrushev, e o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, que analisaram a extensão do tratado e "medidas a tomar no futuro" para reduzir e militar o armamento estratégico ofensivo.
"É importante selar o acordo antes de 05 de fevereiro. Isso significaria já o prolongamento. Os procedimentos de ratificação poderão ficar para mais tarde", explicou Konstantin Kosachov, chefe do Comité dos Assuntos Internacionais do Senado russo, à agência noticiosa Interfax.
O novo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs à Rússia o prolongamento por cinco anos do New START, considerado um "pilar essencial" do controlo dos armamentos.
A renovação deve ser seguida no imediato da redefinição de uma ambiciosa agenda mais global de controlo dos armamentos e de estabilidade estratégica.
Os europeus, que estão envolvidos na primeira linha, deverão desempenhar um papel ativo.
Assinado em 2010 pelos Presidentes norte-americano Barack Obama e russo Dmitri Medvedev, o tratado New START rege parte dos arsenais nucleares dos dois grandes rivais geopolíticos, limitando cada país a um máximo de 1.550 ogivas e 700 sistemas balísticos.
Com data de expiração a 05 de fevereiro, Biden propôs prolongá-lo por cinco anos, contrariando a postura da administração de Donald Trump que propôs um prolongamento condicional de um ano, o tempo de negociar um acordo mais global que incluísse a China. No entanto, as conversações com Rússia e China não foram conclusivas.
Face à proposta, a Rússia "saudou" a iniciativa de Biden, mas referiu que "tudo dependerá dos pormenores desta proposta", que ainda vão "ser estudados".