Proposta pelo Novo Partido Democrático (esquerda), a moção adotada pela Câmara dos Comuns solicita ao Governo de Trudeau para "utilizar todos os meios à sua disposição para responder à proliferação de grupos supremacistas brancos e violentos, começando pela designação imediata dos ´Proud Boys´ como entidade terrorista".
Entre as organizações consideradas pelo Canadá como terroristas estão a Al-Qaeda, o Hezbollah, os Talibã e o Estado Islâmico.
Os "Proud Boys" encontram-se sob vigilância das forças de segurança e serviços de informações canadianos, que vêm recolhendo elementos de prova para uma possível inclusão do grupo na "lista negra" do país, segundo informou recentemente o Governo.
Nos Estados Unidos, diversos elementos dos "Proud Boys", apoiantes do ex-presidente Donald Trump, foram detidos na última semana, por participação a 6 de janeiro na invasão do Capitólio durante a confirmação da eleição de Joe Biden.
Outro dos seus membros mais destacados, Joseph Biggs, foi acusado na semana passada pela sua participação na invasão do Capitólio, durante a qual alegadamente liderou dezenas de membros da milícia.
Também enfrentam acusações por participação no ataque ao Capitólio pelo menos cinco outros membros do grupo, que em janeiro mobilizou centenas de elementos, numa marcha a pé até Washington, em apoio a Donald Trump, quando este se recusava a reconhecer a derrota nas eleições para Joe Biden.
O líder da milícia, Enrique Tarrio, foi detido em Washington poucos dias antes dos motins no Capitólio.
O movimento "Proud Boys" foi fundado por um canadiano, Gavin McInnes, que mais tarde se dissociou do mesmo.
Auto-proclamados "chauvinistas ocidentais", os "Proud Boys" têm-se envolvido nos últimos anos em combates de rua violentos com ativistas antifascistas (´antifa´) e membros do movimento Black Lives Matter.
As forças de segurança norte-americanas estão a investigar ameaças a membros do Congresso dos Estados Unidos relacionadas com o processo de destituição do ex-presidente Donald Trump, por incitamento à violência no Capitólio, que tem hoje início formal.
Segundo relatou um responsável da Administração norte-americana à AP, foram registadas ameaças de morte a congressistas e de ataques no exterior do Capitólio.