O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, apoiou as restrições à exportação de vacinas contra o coronavírus da União Europeia, à medida que crescem as tensões com a AstraZeneca e a Pfizer face aos cortes repentinos nos fornecimentos das doses.
A UE propôs a criação de um registo de exportação de vacinas, numa altura em que aumentam as frustrações pelos atrasos da entrega de vacinas por parte da AstraZeneca.
"Posso compreender que existem problemas de produção, mas então os problemas com a produção de vacinas devem afetar todos de forma justa e igualitária", disse Jens Spahn, em declarações à ZDF.
"As vacinas que saem da União Europeia (UE) precisam de uma licença para que, pelo menos, saibamos o que foi produzido e o que saiu da Europa. E que quando saem da Europa, têm uma distribuição justa", acrescentou Spahn.
"Probleme bei der #Impfstoffproduktion müssen alle fair und gleichermaßen betreffen. Es geht nicht um #EU first, es geht es um Europe's fair share - deshalb ergibt eine #Exportbeschränkung Sinn." @jensspahn im @morgenmagazin mit @dunjahayali: https://t.co/XFqsuBziht.
— BMG (@BMG_Bund) January 26, 2021
Na sexta-feira, um porta-voz da AstraZeneca avisou que as entregas da vacina AstraZeneca/Oxford na Europa, sob reserva da sua aprovação, iriam ser inferiores ao previsto, devido a problemas na capacidade de produção.
A vacina da AstraZeneca com a universidade de Oxford contra a Covid-19 é uma das oito já asseguradas pela Comissão Europeia para a UE, após a assinatura de um contrato no ano passado para aquisição de 300 milhões de doses.
A Comissão Europeia considerou, esta segunda-feira, "inaceitável" o anúncio da farmacêutica AstraZeneca e admitiu avançar com "qualquer ação necessária" para exigir o cumprimento do contrato.
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