Depois de ouvido pelo juiz Anthony Porcelli num tribunal federal em Tampa, Stepakoff ficou em liberdade mediante pagamento de uma caução de 25 mil dólares, entregado seu passaporte e armas, devendo sujeitar-se a não sair do Estado até ao julgamento.
Rabi numa sinagoga na localidade de Palm Harbor, o Templo Nova Jerusalém, Stepakoff foi filmado pelas câmaras de segurança do interior do edifício do Capitólio no meio do grupo de invasores, usando um gorro escuro.
Com a mesma roupa e o mesmo gorro, Stepakoff havia publicado na rede social Facebook fotos suas no meio de simpatizantes do ex-presidente Trump, no comício que antecedeu a invasão do Capitólio.
A publicação foi comentada pela própria mulher, dizendo que o marido estava dentro do Capitólio e pedindo orações por ele.
Na audiência, Rick Terrana, advogado de Stepakoff, sublinhou que este é um "fervoroso republicano" e que se encontrava em Washington a 06 de janeiro para um serviço relacionado com a sua condição de rabi, tendo apenas então decidido juntar-se à manifestação.
Defendeu ainda que Stepakoff, que além de rabi é advogado, se encontrava entre os manifestantes pacíficos e nada do que tenha feito "foi mau ou criminoso".
O rabi do Templo Nova Jerusalémé um de pelo menos 17 cidadãos da Flórida até agora detidos por participar no violento assalto ao Capitólio, a 6 de janeiro, dia em que o Congresso certificava os votos do Colégio Eleitoral que davam ao democrata Joe Biden a vitória nas eleições presidenciais.
Também da Flórida e acusados por participar no assalto são Enrique Tarrio, líder dos Proud Boys, e outras duas figuras deste grupo ultra-nacionalista: Joe Biggs e Gabriel García.
Em janeiro, o grupo mobilizou centenas de elementos, numa marcha a pé até Washington, em apoio a Donald Trump, quando este se recusava a reconhecer a derrota nas eleições para Joe Biden.
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