"O Dubai lançou hoje a Dubai Vaccines Logistics Alliance para acelerar a distribuição de vacinas contra a covid-19 em todo o mundo, por intermédio do emirado", anunciaram as autoridades daquele principado dos Emirados Árabes Unidos, citadas pela AFP.
A confederação árabe localizada no Golfo Pérsico, conhecida pela sua riqueza, tem procurado aumentar a sua influência diplomática e, como tal, desde o início da pandemia tem divulgado amplamente a sua ajuda humanitária internacional, que já ofereceu desde a Europa à América do Sul.
"A distribuição será especialmente focada nos mercados emergentes, onde as populações foram gravemente afetadas pela pandemia", acrescentaram as autoridades, sem especificar o número de doses de vacinas que serão enviadas.
Esta aliança terá como base as "joias da coroa" do transporte do Dubai, como a companhia aérea Emirates, a rede internacional de portos da DP World ou os aeroportos desta cidade-Estado que nos últimos anos se tornou um polo mundial de comércio e transporte.
A iniciativa, segundo o Governo, surge na sequência dos esforços da OMS para permitir a distribuição equitativa de vacinas contra a covid-19.
Na sexta-feira, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, pediu que os países mais ricos não guardem as vacinas só para si, apelando a uma maior solidariedade para com os países menos privilegiados.
"O nacionalismo vacinal não deve ser tolerado na nossa luta comum para derrotar a covid-19", defendeu hoje o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos, Anwar Gargash, numa publicação na sua página da rede social Twitter.
Aquele país, que sofreu um forte aumento no número de contágios desde o início do ano, foi um dos primeiros a lançar uma vasta campanha em dezembro para vacinar a sua população de quase 10 milhões de habitantes.
Com mais de três milhões de doses administradas, os Emirados Árabes Unidos ocupam o segundo lugar, atrás de Israel, em termos de percentagem da população vacinada, segundo o 'site' alemão de recolha de dados Statista.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.219.793 mortos resultantes de mais de 102,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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