Polícia dispersa protesto de hotelaria e restauração em Budapeste

A polícia de Budapeste dispersou hoje um protesto do setor da hotelaria e restauração em que se apelava à desobediência civil e a uma revisão das restrições impostas para conter a pandemia na Hungria.

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Lusa
31/01/2021 16:46 ‧ 31/01/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

Os organizadores da manifestação, que decorria numa praça central da capital húngara, incentivaram os restaurantes a desobedecer às regras do 'lockdown' em vigor e a abrir ao público os seus estabelecimentos já a partir de segunda-feira, desafiando as medidas restritivas que limitam os restaurantes e cafés a funcionar em regime de 'take away'.

"Esgotaram-se todas as medidas a que recorremos até hoje, por isso, a partir de agora, todos os negócios devem abrir, num espírito de desobediência civil", afirmou Aron Ecsenyi, um dos organizadores do protesto, citado pela agência noticiosa Associated Press (AP).

O protesto aconteceu numa altura em que se intensificam os apelos para que o Governo húngaro avance com novas medidas de apoio ao setor da hotelaria e restauração, severamente penalizado pelos já quase três meses de confinamento no país, em vigor desde 11 de novembro.

O executivo húngaro tem, contudo, insistido que apenas a vacinação em massa da população irá permitir um levantamento do 'lockdown'.

Depois de, na passada quinta-feira, as restrições pandémicas terem sido prolongadas até 01 de março, muitos empresários do setor da hotelaria e restauração denunciaram ter recebido muito poucos, ou mesmo nenhuns, dos apoios financeiros que lhes foram prometidos, enquanto outros negócios, como os centros comerciais e as lojas de retalho, continuam a poder manter-se de portas abertas.

Especialistas na área da saúde e alguns políticos na Hungria têm vindo também a defender um repensar das restrições impostas no país para conter a pandemia, à medida que o impacto económico das medidas no setor hoteleiro se intensifica.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.219.793 mortos resultantes de mais de 102,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 12.482 pessoas dos 720.516 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: Budapeste diz que acordo com Varsóvia e Berlim é "êxito" para a Hungria

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