O jornal estatal Global Times noticiou que as autoridades chinesas também apreenderam 3.000 doses do falso antígeno durante a operação.
Segundo a mesma fonte, a rede criminosa estava presente em várias cidades e a operação foi realizada em conjunto pelas forças de segurança de Pequim e das províncias de Jiangsu e Shandong, no litoral norte da China.
Citado pelo jornal, o especialista em vacinas Tao Lina garantiu que "as 'vacinas', cheias de soro fisiológico, não surtem efeito, mas também não causam problemas de saúde, por isso é claro que os suspeitos queriam dinheiro".
Outras fontes citadas pelo Global Times argumentaram que a rede poderia estar envolvida na comercialização dessas vacinas falsas no exterior.
Em 28 de janeiro, a farmacêutica chinesa Sinovac, que desenvolveu uma das vacinas no país asiático, publicou um comunicado no qual alertava que algumas "empresas e indivíduos" falsificaram e utilizaram documentos de autorização da empresa para tentarem atuar como "distribuidores da vacina CoronaVac contra a covid-19 e outros produtos de vacinação em mercados fora da China".
A China iniciou no ano passado uma série de campanhas de vacinação para casos especiais, como militares ou diplomatas colocados no exterior.
As autoridades sanitárias iniciaram também em dezembro passado uma campanha que visa imunizar até 50 milhões de chineses, antes da chegada do Ano do Boi, em 12 de fevereiro, quando milhões de trabalhadores chineses regressam às respetivas terras natais.
A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou hoje que diagnosticou 12 casos por contágio local na segunda-feira, em duas províncias do nordeste do país.
O número total de infetados ativos na China continental é de 1.582, entre os quais 72 se encontram em estado grave, segundo as estatísticas oficiais.
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