As autoridades divulgaram que agora serão utilizadas 3.000 doses e depois outras 40.000 (suficientes para 20.000 pessoas) que já estão no país, mas que ainda precisam ser analisadas.
A responsável do serviço de saúde húngaro, Cecília Müller, disse que "todos os parâmetros da vacina são adequados para uso", mas esclareceu que se o paciente apresentar certas doenças crónicas, o medicamento não pode ser usado e a sua aplicação vai depender do médico.
O Governo do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, responsabilizou reiteradamente a UE pela lentidão na distribuição dos medicamentos, justificando assim a autorização das vacinas russas e, no futuro, da chinesa do laboratório Sinopharm.
O país já vacinou 289.042 pessoas com vacinas ocidentais, como da Pfizer/BioNTech e Moderna, das quais 107.592 já receberam a segunda dose.
Dessa forma, a Hungria, com 9,7 milhões de habitantes, já vacinou quase 3% de sua população.
Em relação à vacina AstraZeneca, da qual a Hungria recebeu o suficiente para vacinar 20.000 pessoas, Cecília Müller acrescentou que não será usada em pessoas com mais de 60 anos que sofrem de doenças crónicas.
A Hungria encomendou um total de mais de 19 milhões de doses de vacinas em toda a UE, incluindo 6,5 milhões da AstraZeneca, 6,6 milhões da Pfizer/BioNTech, 4,4 milhões da Janssen (Johnson&Johnson) e 1,7 milhões da Moderna.
Nos próximos dois meses, o Governo prevê a chegada de dois milhões de doses da vacina russa Sputnik V.
Por outro lado, a Hungria encomendou cinco milhões de unidades da vacina chinesa da Sinopharm, que ainda não tem todas as autorizações necessárias e que, segundo o Governo, poderá chegar ao país nos "próximos meses".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.316.812 mortos no mundo, resultantes de mais de 106 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.158 pessoas dos 765.414 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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