França. Autarca abre museus sob críticas do partido de Macron

O presidente ('maire', em Francês) da Câmara de Perpignan, de extrema-direita, no sudoeste do país, decidiu hoje reabrir quatro museus municipais, fechados desde outubro por causa da pandemia, sem esperar pelo governo.

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Lusa
08/02/2021 21:51 ‧ 08/02/2021 por Lusa

Mundo

França

 

Alguma horas mais tarde, o prefeito do Departamento dos Pirinéus Oridentais, que representa o Estado, recorreu à justiça para obter a suspensão das decisões tomadas por Louis Aliot, do partido Rassemblement National (RN) (União Nacional).

A decisão do autarca foi criticada fortemente pelo presidente do grupo parlamentar do partido de Emmanuel Mácron, LREM (La République en Marche) (A República em Marcha), Christophe Castaner, que fustigou o "populismo do RN".

"Louis_Aliot quer que acreditemos que a União Nacional defende a cultura ao abrir os museus, com desprezo total pelas regras sanitárias. Mas a operação de comunicação não engana ninguém sobre o populismo da UN. A cultura saberá proteger-se do vírus extremista", escreveu, na rede social Twitter.

Aliot justificou a sua decisão com o argumento de a cultura ser "essencial para a vida dos perpignaneses como de todos os franceses".

Em declarações à AFP, desenvolveu: "Alguns dizem que é altura de reabrir os locais culturais. Nós fazemo-lo".

Antes, a ministra da Cultura, Roselyne Bachelot tinha afirmado que os museus e os monumentos seriam os primeiros a reabrir, "quando houver uma descida" de casos de infeções.

O número de casos de infeções diárias em França com o novo coronavirus continua em patamar elevado, entre 20 mil e 26 mil desde janeiro.

O governo escolheu não confinar o país, optando por um recolher obrigatório a partir das 18.00 horas no conjunto do território.

A decisão do autarca de Perpignan foi tomada em plena polémica centrada nos museus.

Estes estabelecimentos argumentam que são espaços vigiados por guardas, onde os visitantes se deslocam sem formar grupos.

Depois de ter discutido, hoje, com uma trintena de dirigentes de museus, centros de arte, monumentos públicos e privados, Bachelot disse que todos estes atores estavam dispostos a fazer esforços para poder reabrir.

Por seu lado, Aliot assegurou que a abertura dos quatro museus seria feita "no respeito das regras sanitárias necessárias", com uma área de 10 metros quadrados por pessoa.

Os quatro museus em causa são o Rigaud (belas artes), com uma exposição sobre "Rainhas de França", a Casa Pairal (história de Perpignan e do Roussillon), o Puig (medalhas) e o de história natural.

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