O desconfinamento em Israel começou no passado domingo.
"Cerca de 2,5 milhões de crianças em Israel com a mutação britânica contagiarão os seus pais", argumentou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para justificar uma reativação limitada em áreas com baixas taxas de contágios e elevada vacinação contra a covid-19.
Netanyahu está confiante que a campanha de vacinação, a mais avançada do mundo, alcançará a maioria da população e que poderá reabrir a economia em março, quando as eleições legislativas, as quartas em menos de dois anos, se realizarem no dia 23.
No entanto, o ritmo das vacinas abrandou na última semana. Até hoje, mais de 3,5 milhões de pessoas receberam a primeira dose e 2,1 milhões a segunda.
A partir de hoje, Israel alargou a vacinação aos requerentes de asilo e imigrantes, incluindo imigrantes sem ilegais, numa campanha que já atinge as pessoas com mais de 16 anos de idade.
"Queremos prosseguir gradual e cautelosamente para que as crianças não possam contagiar e para que não haja doenças mais graves", disse hoje Netanyahu antes da reunião com o seu Gabinete.
O conselho de ministros aprovou o plano apresentado pela Saúde que prevê esta primeira fase, pré-escolar e até 10 anos, nas denominadas zonas verdes, com baixa taxa de contágios ou onde mais de 70% da população com mais de 50 anos tenha sido vacinada.
A segunda fase, a partir de dia 23, inclui o regresso à escola dos alunos com idades entre os 10 e 16 anos em cidades com baixas taxas de contágio ou onde mais de 70% da população tenha sido vacinada.
A partir de 9 de março, as turmas não incluídas poderão regressar à escola até aos 18 anos de idade.
Na segunda-feira, Israel, com uma população de cerca de nove milhões, voltou a registar mais de 7.700 contágios.
Desde o início da pandemia, já morreram mais de 5.100 pessoas e mais de 700.000 foram contagiadas.