Considerada "rainha da droga", o SIC referiu que a detida é a mulher que "presumivelmente mais droga introduziu no território angolano e namibiano" e que tinha como cúmplice o seu esposo, um cidadão nigeriano de 40 anos, que foi também detido.
Segundo as autoridades policiais, o esquema de tráfico era orientado a partir da residência do casal, no município angolano do Cazenga, um dos mais populosos de Luanda, e desde o Brasil davam as coordenadas, em colaboração com outros membros do grupo.
A droga era introduzida nas aeronaves da TAAG, transportadora estatal angolana, e retirada, já no aeroporto internacional 4 de fevereiro, em Luanda, com a colaboração de funcionários da Ghassist, empresa prestadora de serviços na TAAG, já detidos.
"A detenção do casal ocorre na sequência das investigações em curso, que culminaram com a detenção de oito funcionários da Ghassist e mais um indivíduo, que por meio de um esquema devidamente delineado, facilitava a introdução das drogas no interior das aeronaves provenientes do Brasil", afirmou hoje o porta-voz do SIC, Manuel Halaiwa.
Em declarações aos jornalistas, o superintendente de investigação criminal deu conta que no decurso das investigações "o casal tem sido citado de forma recorrente como aliciadores e recetores da droga retiradas do interior das aeronaves".
Segundo a mesma fonte, a detida tem antecedentes criminais, nomeadamente "dois processos-crime registados em 2014 e 2015".
Pelo menos 11 pessoas, incluindo o casal e os funcionários da Ghassit, integrantes desta rede de tráfico de drogas estão já detidas.