Covid-19: China promete aprofundar cooperação com Brasil na vacinação

A China quer aprofundar a cooperação com o Brasil no envio de vacinas contra a covid-19 e de consumíveis necessários para produzir mais doses, para "derrotar" o novo coronavírus "o mais depressa possível".

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Lusa
10/02/2021 18:45 ‧ 10/02/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, sublinhou hoje numa conferência de imprensa que o país já enviou vários lotes de vacinas e consumíveis, que têm desempenhado "um papel vital" na luta do Brasil contra a pandemia.

Também hoje, o Brasil recebeu hoje um lote de 5.600 litros com o princípio ativo para produzir mais 8,7 milhões de doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório estatal chinês Sinovac, da qual já foram distribuídas 10 milhões de doses no país.

Os consumíveis foram transportados para o Instituto Butantan, laboratório público do governo do estado brasileiro de São Paulo que desenvolveu em conjunto com o Sinovac os testes massivos com voluntários da vacina chinesa no Brasil.

Os testes clínicos das vacinas contra a covid-19 lançados de forma conjunta por empresas e instituições chinesas e brasileiras têm decorrido "sem percalços", defendeu Wang Wenbin.

Em agosto, o estado brasileiro da Bahia também havia anunciado um protocolo de entendimento para testar uma outra vacina desenvolvida pelo Grupo Nacional de Biotecnologia da China (CNBG), subsidiária do Grupo Farmacêutico Nacional Chinês (Sinopharm).

O protocolo com a estatal chinesa previa a aplicação das duas vacinas em 6.000 pacientes de toda a região nordeste do Brasil.

"Como parceiros estratégicos, a China e o Brasil têm tido uma boa cooperação na luta" contra o coronavírus SARS-CoV-2, acrescentou Wang Wenbin.

Com quase 9,6 milhões de infeções pelo SARS-CoV-2 e 233.520 mortes por covid-19, o Brasil é o segundo país do mundo com mais vítimas mortais da doença.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.341.496 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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