"Uno-me aos bispos da Colômbia para expressar o meu apreço pela decisão das autoridades colombianas de implementar o Estatuto de Proteção Temporária para os migrantes venezuelanos presentes no país", disse o sumo pontífice, debruçado sobre a janela do Palácio Apostólico, após a oração do Angelus.
O Governo colombiano aprovou o Estatuto de Proteção Temporária para regularizar milhões de venezuelanos que foram forçados a deixar o seu país, devido à crise socioeconómica, mas também com a intenção de controlar a migração ilegal.
Segundo o Papa, aquela iniciativa vai permitir "o acolhimento, proteção e integração" dos migrantes, pelo que enalteceu a "coragem" das autoridades colombianas.
"Não é um país muito rico e muito desenvolvido, mas com muitos problemas de desenvolvimento, pobreza e paz depois de quase 70 anos de guerrilha. Mas com neste caso teve a coragem de olhar para esses imigrantes e fazer esse estatuto", salientou.
O referido Estatuto é uma declaração de direitos que beneficiará cerca de 2 milhões de imigrantes venezuelanos, legais ou ilegais, dando soluções de longo prazo às suas necessidades e tirar do limbo jurídico aqueles que já estão estabelecidos no país e com filhos nascidos já na Colômbia.
O Estatuto, válido por 10 anos, dá aos venezuelanos "a possibilidade de viver na Colômbia, de trabalhar, de se deslocar no território e de se inserir no sistema de Segurança Social, acesso à Saúde e Educação", segundo o responsável pela Migração na Colômbia, Juan Francisco Espinosa.
Francisco garantiu que "sempre" encara com "gratidão o compromisso de quem trabalha a favor dos imigrantes".
"Obrigado à Colômbia, obrigado", disse, perante os fiéis que o ouviam na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano.