Uma mulher, grávida de gémeas, ficou isolada longe de casa, no Alaska, Estados Unidos, durante dez semanas, para ter a certeza que as meninas nasciam em segurança, tendo em conta a pandemia do novo coronavírus.
Cara Lestenkof-Mandregan, de 27 anos, vive em St. Paul onde existem apenas 400 habitantes. Para ser seguida e dar à luz, teria de viajar três horas de avião para Anchorage, no mesmo estado norte-americano, por diversas vezes, facto que criava um constrangimento à grávida e à sua família.
Em 2019, quando descobriu que esperava duas meninas, a mulher percebeu que a sua gravidez ia ser mais arriscada e que iria necessitar de mais acompanhamento médico. Com esta situação, chegou também um número cada vez mais emergente de casos de Covid-19 ao Alasca.
Ao 'Good Morning America', Cara explicou que descobriu que "teria de viajar a cada duas semanas após a consulta das 16 semanas... o meu queixo caiu. Pouco depois descobrimos que as infeções tinham chegado ao Alasca. A única razão pela qual poderíamos sair da ilha era para viagens médicas essenciais."
Só que, cada vez que o fazia, a jovem tinha de ficar em quarentena durante duas semanas. Assim, para se manter a si e às bebés em segurança - e também para evitar disseminar o vírus pela comunidade -, Cara 'abandonou' a sua ilha e a família e foi viver dez semanas para Anchorage.
"Foi muito difícil. Não vi a nossa família desde março e saber que não os ia visitar durante muitos mais meses... foi muito difícil", acrescentou Lestenkof-Mandregan.
Por fim, Mila e Anna nasceram saudáveis em junho de 2020. Nem Cara nem o marido contraíram Covid-19.
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