"Em muitos lugares, incluindo Europa e Estados Unidos, o progresso democrático está sob ataque", vai dizer Biden, dentro de alguns minutos, na sua intervenção na Conferência de Segurança de Munique, de acordo com trechos do discurso avançados pela Casa Branca.
"Devemos provar que as democracias ainda podem ser úteis para o povo (...) A democracia não acontece por acaso. Devemos defendê-la. Fortalecê-la. Renová-la. Temos que mostrar que o nosso modelo não é uma relíquia da história", acrescentará o Presidente norte-americano, na sua intervenção na Conferência, que este ano se realiza em modo virtual, por causa da pandemia de covid-19.
"Estamos no centro de um debate fundamental sobre a trajetória futura do nosso mundo. Entre aqueles que argumentam que, diante de todos os desafios que enfrentamos - desde a Quarta Revolução Industrial até uma pandemia global -- o autoritarismo é o melhor caminho, e os que entendem que a democracia é fundamental para enfrentar esses desafios", irá dizer Biden.
"Os historiadores vão estudar e escrever sobre esta época. Estamos num momento crucial. E eu acredito firmemente que a democracia vai vencer", concluirá o líder norte-americano.
Rompendo com seu antecessor Donald Trump, Joe Biden promete o regresso dos Estados Unidos ao cenário internacional e, num sinal de aproximação aos aliados europeus, decidiu estar presente na Conferência de Munique ao lado do Presidente francês, Emmanuel Macron, da chanceler alemã, Angela Merkel, e do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
Na Conferência, estão presentes ainda os secretários-gerais da ONU, António Guterres, e da NATO, Jens Stoltenberg, para além dos presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel, assim como o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A sessão decorrerá sob o título "Além da 'Westlessness' (Desocidentalização): renovar a cooperação transatlântica, enfrentar os desafios globais" e pretende detetar as áreas prioritárias para a cooperação entre os aliados dos dois lados do Atlântico.
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