Secretário-geral da ONU pede ao exército birmanês que "pare a repressão"

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje ao exército birmanês que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi que "pare imediatamente a repressão", numa altura em que os europeus deverão discutir sanções.

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Lusa
22/02/2021 09:20 ‧ 22/02/2021 por Lusa

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"Hoje, peço ao exército birmanês que pare imediatamente com a repressão. Libertem os presos. Acabem com a violência. Respeitem os direitos humanos e a vontade do povo expressa nas últimas eleições", pediu António Guterres, em um vídeo pré-gravado e transmitido na abertura da 46.ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

No fim de semana, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, condenou a violência levada a cabo pelas forças de segurança na Birmânia e afirmou que a União Europeia (UE) irá "tomar as decisões adequadas".

A declaração surgiu depois de as forças de segurança birmanesas terem disparado munições reais contra manifestantes que protestavam contra a tomada do poder pela junta na segunda maior cidade do país, Mandalay.

Duas pessoas foram mortas, incluindo um jovem rapaz que foi baleado na cabeça, segundo socorristas.

O golpe militar, no dia 01 de fevereiro, atingiu a frágil democracia da Birmânia, depois da vitória do partido de Aung Sang Suu Kyi nas eleições de novembro de 2020.

Os militares tomaram o poder alegando irregularidades durante o processo eleitoral do ano passado, apesar de as autoridades eleitorais terem negado a existência de fraudes.

Desde então, milhares de pessoas têm-se manifestado contra o golpe militar, sobretudo na capital económica, Rangum, e em Mandalay.

Leia Também: ONU considera situação de malnutrição em Tigray "muito crítica"

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