Boris Johnson apresentou esta segunda-feira na Câmara dos Comuns um plano faseado de desconfinamento de quatro etapas em Inglaterra, que será marcado pela abertura gradual do comércio não-essencial e pelo alívio das medidas restritivas que estão atualmente em vigor no país.
O primeiro-ministro britânico afirmou que este plano vai “guiar-nos de forma cautelosa, mas irreversível, para reclamarmos as nossas liberdades”.
“A ameaça permanece substancial com os números dos hospitais a começarem a descer agora e a ficarem abaixo do pico da primeira vaga em abril. Mas podemos seguir estes passos devido à determinação do povo britânico e ao sucesso extraordinário do nosso NHS (o serviço nacional de saúde britânico) ao vacinar mais de 17,5 milhões de pessoas no Reino Unido”, frisou Boris Johnson.
O líder britânico confirmou que as escolas vão reabrir já no dia 8 de março. Esta será a primeira etapa. A partir dessa data serão aliviadas algumas restrições relativamente ao convívio no exterior. Duas pessoas poderão, por exemplo, sentarem-se num jardim ou num parque.
A partir do dia 29 de março, grupos maiores de pessoas - até um máximo de seis pessoas ou dois agregados familiares - podem encontrar-se nos espaços públicos exteriores.
No dia 12 de abril (a segunda etapa) começa a reabertura do comércio não-essencial. Lojas, cabeleireiros e ginásios vão poder abrir as portas, assim como bibliotecas, museus, jardins zoológicos e parques de diversões.
A partir do dia 17 de maio (terceira etapa), os pubs, restaurantes, hotéis e cinemas vão reabrir. Será autorizada a entrada de fãs nos eventos desportivos. A maioria das regras de contacto social no exterior será levantada, e dois agregados familiares diferentes poderão conviver num espaço interior.
A partir desta data também será autorizada a presença de no máximo 30 pessoas em casamentos, batizados e funerais.
A quarta e derradeira etapa do plano de desconfinamento em Inglaterra vai ocorrer no dia 21 de junho. Nessa data todos os limites legais aos contactos sociais serão levantados e os restantes setores da economia vão reabrir.
Boris Johnson sublinhou que o fim do confinamento vai resultar em "mais casos, mais internamentos e, lamentavelmente, em mais mortes" independente da data em que as medidas restritivas sejam aliviadas. Mas o primeiro-ministro britânico realçou que não há uma rota "credível" para erradicar o SARS-CoV-2 e atingir um estatuto de "zero Covid".
[Notícia atualizada às 16h56]
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