Segundo o jornal oficial Global Times, o Ministério da Ecologia e do Meio Ambiente vai criar um gabinete específico para lidar com a questão do clima, sob a tutela de Xie, o principal assessor do país para as Alterações Climáticas.
Xie, de 71 anos, foi vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, entre 2007 e 2015 e, posteriormente, liderou a equipa chinesa durante as negociações em várias Conferências das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, incluindo as de Copenhaga (2009) e de Paris (2015).
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, disse hoje que as alterações climáticas são uma das áreas em que a China está "preparada para coordenar políticas" com os Estados Unidos, pelo que a nomeação pode ser interpretada como um sinal de que este tema está na ordem do dia.
O novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou em janeiro o retorno de Washington ao Acordo de Paris.
O Presidente chinês, Xi Jinping, reiterou repetidamente que o acordo é um "processo irreversível" e uma "bússola" para uma "ação forte" na questão das alterações climáticas, e que o seu país pretende "realizar esforços sem precedentes para garantir o futuro das novas gerações" e "intensificar os esforços internacionais" para combater as alterações climáticas.
Em setembro de 2020, Xi prometeu às Nações Unidas que as emissões de CO2 da China vão atingir o pico até 2030. O país visa alcançar a neutralidade nas emissões de carbono até 2060.
A declaração de Paris apela a todos os países, autoridades internacionais, empresas e organizações não governamentais que publiquem até ao próximo ano as suas estratégias de desenvolvimento de longo prazo, até 2050, para uma menor emissão de gases de efeito estufa.
Também exorta a ratificar o mais rápido possível a reforma Kigali do protocolo para o clima de Montreal, que pode evitar um sobreaquecimento de até 0,4 graus Celsius até ao final do século.
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