Presidente do Parlamento Europeu insta países a acelerarem vacinação

Os países da União Europeia devem alterar as campanhas de vacinação para alcançarem o objetivo comunitário de imunizar 70% dos europeus no final do verão, defende o presidente do Parlamento Europeu, para quem se trata de um "grande plano".

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Lusa
28/02/2021 11:02 ‧ 28/02/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

"As empresas farmacêuticas devem ser severamente sancionadas se violaram contratos ou cometeram fraudes, mas (...) os planos nacionais devem acelerar-se. A UE tem o objetivo de vacinar 70% dos europeus até ao final do verão, o que significa 225 milhões de cidadãos. Até agora, foram vacinados 10%, o que equivale a 25 milhões", afirma David Sassoli em entrevista publicada hoje pelo diário italiano Il Messaggero.

O responsável europeu questiona: "Por exemplo, por que não vacinar os idosos e vulneráveis durante o dia e os jovens e saudáveis à noite? O que o impede? Os governos devem apressar-se. Neste momento, foram entregues 51 milhões de doses na União Europeia e foram administradas 29 milhões".

O presidente do Parlamento Europeu mostra-se muito crítico com os líderes europeus após o último conselho, que, segundo o próprio, "pôs em relevo problemas comuns, assinalou os riscos de uma terceira vaga da pandemia e deixou claro as disfunções e os atrasos".

"Esperava ver alguns líderes assumirem o verdadeiro desafio deste momento dramático e levantarem a cabeça para dizerem que é preciso construir uma verdadeira política de saúde europeia. Ninguém, por outro lado, disse que estava disposto a transferir poderes nacionais para a União Europeia", explica.

"Depois das ´vacas loucas´, pôs-se em marcha uma política europeia de saúde animal que deu resultados importantes. Não merece a saúde humana a mesma proteção? É hora de tomar decisões e os governos nacionais devem ser muito claros", acrescenta.

Em sua opinião, na luta contra a pandemia de covid-19, "mais do que imaginar desfechos", deve ser impulsionada "a abertura de uma nova etapa que seja conveniente para a investigação, a saúde, o fortalecimento do multilateralismo", aproveitando a chegada de Joe Biden à presidência dos EUA.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.518.080 mortes no mundo, resultantes de mais de 113,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Leia Também: AO MINUTO: Voo de repatriamento já chegou; Reforçar SNS é urgente

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