A Organização Mundial da Saúde (OMS) está a investigar as diferentes estirpes do SARS-CoV-2 que vão surgindo no mundo. Na conferência de imprensa desta segunda-feira, Maria Van Kerkhove, a responsável de Emergência Sanitárias da OMS, falou na importância de aumentar a sequenciação do genoma no mundo.
“Há mais de 600 mil sequenciações do genoma que vêm de um punhado de países. Queremos aumentar a sequenciação do genoma em todo o mundo para ver onde estão estas variantes. Porém, as nossas capacidades são limitadas. Estamos a tentar melhorar a técnica, e isso vai ajudar não apenas para a Covid, mas para qualquer patógeno infecioso em qualquer lugar do mundo”, referiu Van Kerkhove.
Michael Ryan, diretor de Emergências Sanitárias da OMS, salientou que “seria prematuro falar do final da pandemia”, alertando que “este vírus voltará se permitirmos”.
“A OMS foca-se em reduzir a transmissão do vírus para que não surjam mais variantes e para reduzir as hospitalizações e as mortes. Começamos a ter dados que mostram que as vacinas têm repercussões positivas na transmissão, mas temos de continuar a estudá-los. A taxa de infeções aumenta em alguns países e temos grandes desafios para que as vacinas circulem de forma equitativa no mundo”, constatou.
A comprovar a importância de insistir na ideia de não baixar a guarda, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus informou que na semana passada “registou-se o primeiro aumento de casos positivos após seis semanas de descidas”. “O número de casos está a aumentar em quatro das seis regiões da OMS, em todas menos em África e no Pacífico ocidental”, acrescentou.
Tedros Adhanom Ghebreyesus admitiu que esta subida das infeções pode estar relacionada “com relaxamento nas medidas de saúde pública, com as novas variantes, ou porque os cidadãos estão a baixar a guarda”.
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