Libertadas e homenageadas pelo governo as raparigas raptadas na Nigéria

Cerca de 280 raparigas adolescentes raptadas na sexta-feira do seu internato em Jangebe, noroeste da Nigéria, foram libertadas e estiveram hoje na sede do governo de Zamfara, onde foi realizada uma pequena cerimónia em sua honra.

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Lusa
02/03/2021 14:25 ‧ 02/03/2021 por Lusa

Mundo

Nigéria

"Agradecemos a Deus por vos trazer de volta até nós", disse o governador de Zamfara, Bello Matawalle, a 279 raparigas adolescentes que foram libertadas na segunda-feira à noite das mãos dos seus raptores.

"Elas são 279 delas e não falta mais ninguém", disse o governador, após as autoridades terem anunciado anteriormente que 317 raparigas tinham sido raptadas da sua escola por homens armados, vulgarmente conhecidos como "bandidos" nesta região da Nigéria.

Fatigadas pelo cansaço, as raparigas, que têm entre 12 e 16 anos, chegaram muito cedo à sede do governo em Gusau, a capital do estado de Zamfara, em vários miniautocarros, segundo os jornalistas no local.

As autoridades reuniram-nas então num auditório, onde lhes foi distribuída roupa limpa, incluindo um 'hijab' azul-celeste, e, perante os jornalistas, as jovens adolescentes cantaram o hino nacional.

"Fizeram-nos caminhar durante horas", disse uma das sobreviventes, Hafsat Umar Anka, durante a cerimónia, acrescentando: "Algumas de nós tinham tantas dores nas pernas que tiveram de ser carregadas".

As condições em que as raparigas estiveram detidas eram absolutamente atrozes e, segundo este relato, os "bandidos" ameaçavam matar qualquer uma que tentasse fugir.

O Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, já expressou a sua "imensa alegria" por esta libertação, através de uma declaração emitida hoje de madrugada.

"Junto-me às famílias e ao povo de Zamfara para acolher e celebrar a libertação das estudantes traumatizadas", de acordo com a declaração assinada pelo seu porta-voz Garba Shehu.

O Presidente Buhari chegou ao poder em 2015, um ano após o rapto em massa de Chibok, onde 276 raparigas tinham sido raptadas pelo grupo jihadista Boko Haram no norte da Nigéria, causando preocupação a nível mundial.

Mais de uma centena delas ainda estão desaparecidas e ninguém sabe quantas estão vivas.

Buhari tinha prometido pôr fim ao conflito no nordeste do país, mas a situação deteriorou-se significativamente desde então.

Leia Também: ONU alerta para escalada de violência na Nigéria

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