A cidade de 6,7 milhões de habitantes é uma das últimas a tomar medidas no país, que nos últimos dois dias bateu o seu recorde de mortes em 24 horas. Na quarta-feira, 1.910 óbitos foram confirmados pelo Governo brasileiro.
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, continua a minimizar a crise sanitária, deixando estados e municípios responsáveis por medidas de redução de atividades ou toques de recolher.
O decreto do Rio de Janeiro entra em vigor na sexta-feira por uma semana e ordena o fechamento de bares e restaurantes a partir das 17h, proíbe qualquer venda itinerante em praias além de proibir o funcionamento de clubes e atividades festivas.
O decreto também proíbe a circulação de pessoas nas ruas entre 23:00 e 5:00, mas não de veículos.
As lojas fecharão às 20:00, mas, como bares e restaurantes, terão que limitar o atendimento a 40% da capacidade.
"Todas as medidas anunciadas hoje têm um único objetivo: garantir que 2021 não seja uma repetição do genocídio ocorrido em 2020 no Rio de Janeiro", declarou o prefeito, Eduardo Paes, que assumiu o comando da cidade em janeiro.
Paes relatou um aumento acentuado nas emergências respiratórias ao mesmo tempo em que observou que os hospitais do Rio de Janeiro não enfrentavam risco iminente de colapso, ao contrário de muitas outras cidades brasileiras.
Na quarta-feira, o estado mais populoso do país, São Paulo com seus 46 milhões de habitantes, anunciou o retorno à "fase vermelha" de seu plano de contenção da doença que suspende todas as atividades não essenciais por duas semanas a partir de sábado.
O país de 210 milhões de habitantes registou uma média móvel de 1.331 mortes por coronavírus nos últimos sete dias.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 259,271 vítimas mortais e mais de 10,7 milhões de casos confirmados de covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.560.789 mortos no mundo, resultantes de mais de 115,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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