A população palestiniana de Jerusalém Oriental, Gaza e Cisjordânia vai a votos nos próximos meses: as eleições legislativas estão marcadas para 22 de maio, as presidenciais para 31 de julho e em 31 de agosto deverá realizar-se a escolha do Conselho Nacional Palestiniano, órgão que reúne a diáspora e agrupa a maioria das fações que integram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
Se as eleições se realizarem, será a primeira vez em 15 anos que os palestinianos irão às urnas: as mais recentes eleições presidenciais aconteceram em 2005 e o Parlamento foi eleito pela última vez em 2006.
A próxima ronda de negociações no Egito entre essas fações terá como ponto central a discussão dos mecanismos para a realização das eleições, bem como a possibilidade de se chegar a acordo sobre a formação de um Governo de unidade nacional após o ato eleitoral, disseram fontes políticas palestinianas.
As fações palestinianas realizaram uma primeira ronda de negociações no Cairo em fevereiro passado, quando se comprometeram com o calendário eleitoral agendado e concordaram com a formação de um tribunal para monitorizar o processo das eleições.
Na próxima reunião no Cairo, também se espera que prossiga a tentativa de reconciliação entre o partido nacionalista Fatah, liderado pelo Presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas, e o movimento islâmico Hamas, que governa de facto em Gaza.
Ambos os grupos estão em conflito desde 2007, quando o Hamas assumiu o controlo da faixa de Gaza e expulsou as forças da Autoridade Nacional Palestiniana, dominada pelo Fatah, dificultando um entendimento entre as partes, apesar da recente aproximação de posições.