UE "avisa" China devido a controversa reforma eleitoral em Hong Kong

A União Europeia (UE) denunciou hoje a reforma do sistema eleitoral da região administrativa especial chinesa de Hong Kong e revelou que poderá "tomar medidas adicionais" contra Pequim pela violação do princípio "um estado, dois países".

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Lusa
11/03/2021 22:39 ‧ 11/03/2021 por Lusa

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Em comunicado, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, referiu que "a decisão hoje tomada constituiu uma nova violação do princípio um país, dois sistemas".

Por isso, a UE vai "estudar a possibilidade de tomar medidas adicionais", alertou Josep Borrell.

A República Popular da China comunicou que a reforma eleitoral a aplicar a Hong Kong está orientada para "aperfeiçoar" o princípio de autonomia que rege o território com garantias para os "patriotas" que o governam. 

O primeiro-ministro chinês, Li Kegiang, após uma reunião da Assembleia Nacional Popular, afirmou que Pequim vai continuar a "aplicar totalmente o princípio 'um país, dois sistemas' que confere aos cidadãos de Hong Kong um alto grau de autonomia".

As autoridades chinesas apresentaram um plano legislativo que classificaram como uma "melhoria do sistema eleitoral de Hong Kong", mas que é considerado pelos democratas da região administrativa uma "restrição" aplicada à margem dos movimentos pró-democracia.

A oposição em Hong Kong encara a medida como um obstáculo com a intenção de impedir que os democratas possam obter uma maioria no Conselho Legislativo, o parlamento local.

Com 2.895 votos a favor, nenhum contra e uma abstenção, a Assembleia Nacional Popular da República Popular da China aprovou a legislação que dá ao comité pró-Pequim em Hong Kong o poder de indicar mais legisladores na cidade, reduzindo o número de representantes eleitos pelos residentes.

A versão definitiva do texto será redigida por uma comissão da Assembleia Nacional Popular e ratificada posteriormente pelo Comité Permanente do órgão legislativo.

O Governo chinês rejeitou críticas de que está a minar a autonomia de Hong Kong, prometida por um período de 50 anos, aquando da transferência de soberania do Reino Unido para a China, em 1997.

Por outro lado, Pequim disse que as mudanças são necessárias para "proteger a estabilidade do território, abalado em 2019 pela pior crise política desde a transferência de soberania".

Leia Também: Residentes estrangeiros em Macau vão poder pedir vistos para a China

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