43 imigrantes etíopes mortos em incêndio num centro de detenção do Iémen

Os rebeldes Huthis do Iémen admitiram hoje que 43 imigrantes, todos de nacionalidade etíope, morreram no incêndio do passado domingo num centro de detenção de Sanaa, que também provocou mais de 200 feridos.

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Lusa
12/03/2021 19:49 ‧ 12/03/2021 por Lusa

Mundo

Iémen

"Hoje foram enterrados na capital, Sanaa, os corpos de 43 etíopes que morreram no infeliz incêndio no refúgio para imigrantes ilegais", disse um dos porta-vozes dos rebeldes.

Até agora, a única informação sobre este incidente referia-se a oito mortos e 170 feridos, um número divulgado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).

O incêndio terá deflagrado durante a intervenção de uma força anti-distúrbios enviada para o local quando irromperam confrontos entre duas comunidades distintas de migrantes africanos, com um dos guardas do centro a ser agredido.

Os representantes das comunidades de imigrantes pediram uma investigação rápida do incidente, e a divulgação dos resultados. Indicaram ainda que foram convidados a participar no inquérito pelo Ministério do Interior Huthi.

Segundo a OIM, dezenas de milhares de imigrantes africanos chegam ao Iémen através do golfo de Aden para tentar alcançar os países do golfo Pérsico em busca de oportunidades de trabalho, e muitos acabam por ficar bloqueados no Iémen, onde enfrentam "perigos extremos e abusos".

De acordo com esta organização, em 2019 pelo menos 130.000 chegaram ao Iémen provenientes da Etiópia, Somália e Djibuti, enquanto em 2020 o número reduziu para 37.500 devido às restrições motivadas pela pandemia de covid-19.

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