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Pelo menos três mortos em novo protesto contra Junta Militar em Myanmar

Pelo menos três pessoas morreram hoje devido à repressão das forças de segurança durante um protesto contra a Junta Militar em Mandalay, a segunda cidade de Myanmar (ex-Birmânia), de acordo com meios de comunicação no local.

Pelo menos três mortos em novo protesto contra Junta Militar em Myanmar
Notícias ao Minuto

10:30 - 13/03/21 por Lusa

Mundo Myanmar

Segundo o portal do canal de televisão DVB, as forças de segurança dispersaram um protesto em Mandalay utilizando fogo real e, além de terem causado três mortes, feriram pelo menos 15 pessoas, incluindo monges budistas que participaram na manifestação.

As três mortes aconteceram durante uma nova jornada de protestos massivos por todo o país contra o golpe de estado militar do passado 01 de fevereiro e depois de a noite anterior ter sido trágica em Rangum, a cidade mais povoada, com pelo menos dois manifestantes mortos.

Depois destes conflitos noturnos, o movimento de desobediência civil contra a Junta Militar tinha hoje feito um apelo nas redes sociais para que se repetissem os protestos nas principais cidades do país.

A jornada de luta tem um valor simbólico para o movimento, ao coincidir com o aniversário da morte de um estudante, em 1988, pelos militares, o que provocou uma onda de protestos que foram reprimidos a sangue e fogo pelos militares, com mais de 3.000 mortos.

A Junta Militar, que provocou já mais de 70 mortos durante as manifestações pacíficas, devido principalmente aos disparos da polícia e dos soldados, também perseguiu os jornalistas e meios de comunicação que cobrem as manifestações.

Segundo a Associação para a Assistência de Presos Políticos (AAPP) na Birmânia, cerca de 40 jornalistas foram detidos desde o golpe de estado do passado 01 de fevereiro, entre um total de 2.045 detidos, dos quais 1.726 continuam sob custódia.

Os militares justificam o golpe por uma suposta fraude eleitoral nas eleições de novembro passado, nas quais o partido da líder deposta, Aung San Suu Kyi, venceu por larga margem, e que foram classificadas como legítimas pelos observadores internacionais.

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