A covid-19 e as medidas de restrição impostas para combater os contágios são precisamente a questão central em causa nestas eleições para a câmara baixa do parlamento holandês e as que ocuparam quase todas as discussões durante a campanha.
Este ano apresentam-se a votos 37 partidos - um recorde desde 1922 - com espetros que vão desde a direita liberal, do Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD, do primeiro-ministro, Mark Rutte), à extrema-direita, com o Partido pela Liberdade (PVV), de Geert Wilders, passando por formações como o "Jezus leeft (Jesus está vivo)", "De Feestpartij (a festa da festa)" ou o "Jong (partido dos jovens)".
As sondagens apontam Mark Rutte como favorito, apesar da contestação demonstrada em diversas manifestações contra as medidas de combate à covid-19 impostas pelo Governo e apesar de o executivo ter-se demitido recentemente na sequência de um escândalo relacionado com abonos de família.
As eleições holandesas serão acompanhadas de perto pela Europa, não só porque o país é uma das economias mais fortes da União Europeia, mas, sobretudo, estas eleições serão um dos primeiros grandes testes eleitorais na Europa desde o início da crise da covid-19.
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