Cerca de 33 mil romenos cancelaram vacinação com AstraZeneca
Cerca de 33.000 romenos cancelaram consultas para receberem a vacina da AstraZeneca nas últimas 24 horas, 7% do total das vacinações previstas, depois de vários países terem suspendido temporariamente o uso desse fármaco.
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Mundo Covid-19
"Foram canceladas 33.000 consultas de um total de 446.896 que tinham sido programadas na plataforma do computador de registo", disse o líder da campanha de vacinação na Roménia, Valeriu Gheorghita, que defendeu a decisão do Governo de continuar a usar o fármaco.
Segundo Gheorghita, na segunda-feira quase um terço das 10.000 pessoas que deveriam ter recebido a vacina não compareceu à consulta.
O responsável pela campanha de vacinação na Roménia disse que não há relação comprovada entre a administração da vacina e os casos de trombose detetados, razão que levou muitos países a suspender uso daquele produto.
Quase duas dezenas de países europeus - entre os quais Portugal, Espanha, França, Itália, Irlanda, Países Baixos, Alemanha, Islândia, Noruega ou Bulgária -- e vários outros noutros continentes suspenderam o uso da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 por precaução após relatos de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.
Gheorghita explicou que o índice destes incidentes é menor entre as pessoas que receberam a vacina AstraZeneca do que na população como um todo, concordando com a decisão do Governo romeno de não suspender o uso deste fármaco.
A Agência Europeia de Medicamentos defendeu hoje que, enquanto se aguarda "uma avaliação científica completa", "não detetou ligações causais" entre a vacinação com o produto da AstraZeneca e os casos de trombose.
O grupo farmacêutico anglo-sueco garantiu não haver "qualquer prova da existência de um risco aumentado" de se verificarem coágulos sanguíneos causados pela sua vacina.
O comité de especialistas da Organização Mundial da Saúde para a segurança de vacinas reúne-se hoje para discutir esta vacina.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.661.919 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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