Presidente brasileiro pede apoio do BID no combate à pandemia
O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, solicitou hoje o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para projetos de combate à pandemia de covid-19 na América do Sul e políticas de desenvolvimento sustentável na Amazónia.
© Lusa
Mundo Covid-19
"Apelo ao BID e às organizações internacionais para que apoiem imediatamente a região na luta contra a pandemia", disse Bolsonaro, numa reunião virtual do Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosur).
A reunião foi convocada pelo Presidente colombiano, Iván Duque, cujo país detém a presidência rotativa do órgão, que também é composto por Argentina, Brasil, Chile, Equador, Guiana, Paraguai e Peru.
O encontro, por videoconferência, foi realizada no âmbito da 61.ª Assembleia de Governadores do BID, que se realiza esta semana na cidade colombiana de Barranquilla.
O chefe de Estado brasileiro também elogiou uma iniciativa do BID a favor do desenvolvimento da Amazónia.
"Registo igualmente o meu entusiasmo com a estruturação da iniciativa amazónica, voltada ao financiamento do desenvolvimento sustentável naquela região, e que deverá ser debatida em uma das sessões paralelas da assembleia anual do BID", afirmou.
"Em 2019, o Brasil enviou ao banco proposta para criação de um fundo não apenas de financiamento, mas também de mobilização de capital privado, voltado a estimular o enorme potencial da bioeconomia amazónica", acrescentou o Presidente brasileiro.
No seu discurso, Bolsonaro reviu as ações que o Governo brasileiro tem adotado na crise sanitária provocada pela covid-19, doença que atualmente apresenta uma curva ascendente e descontrolada no país e coloca o sistema de saúde à beira de um colapso.
O Brasil já totalizou 11.519.609 casos e 279.286 mortes devido à covid-19.
Bolsonaro, porém, não mencionou esses números nem comentou a nomeação do médico Marcelo Queiroga, o quarto ministro da Saúde que o Brasil terá desde o início da pandemia, mas ressaltou o grave impacto que a covid-19 teve sobre a economia e a taxa de desemprego do país, que está em cerca de 14%.
"A situação é ainda mais grave em países como o nosso, em que um número significativo de pessoas deve buscar o sustento por meio da informalidade [sem contrato de trabalho]", disse o Presidente brasileiro.
Bolsonaro acrescentou que, face a esta realidade, o seu Governo lançou no ano passado o que qualificou como "um dos maiores programas sociais do mundo".
O chefe de Estado brasileiro disse que seu Governo mitigou o impacto da pandemia na economia do país, que caiu 4,1% em 2020, o pior resultado em 25 anos, mas "metade do que os especialistas esperavam" no início da crise sanitária.
O Presidente brasileiro afirmou ainda que a economia brasileira começa a reagir e que o Governo vai retomar a sua agenda de reformas e privatizações, com o objetivo de promover o "desenvolvimento sustentável" e cooperar com os países da região.
"Um dos grandes desafios da pós-pandemia será aumentar os fluxos de investimentos para o desenvolvimento sustentável" e "promover concessões e parcerias público-privadas", concluiu Bolsonaro.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.661.919 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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